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Reabilitação

REABILITAÇÃO – PROMOÇÃO DA AUTONOMIA E READAPTAÇÃO

O concelho de Almada, à semelhança do restante país, tem verificado o aumento de esperança média de vida, espelhando o efeito da diminuição da mortalidade e da natalidade. Como resultado, verifica-se o aumento da prevalência de pessoas com doença crónica e incapacitante ao nível domiciliar, aumentando a necessidade de novas estratégias que venham satisfazer estes doentes com dependência física e social e seus cuidadores, e que também sejam facilitadoras de uma adequada reabilitação à nova situação de saúde/doença.

No concelho de Almada, estima-se que cerca de 90 % dos utilizadores de cuidados continuados estão situados nos níveis 3 e 4 do Índice de Katz, que nos avalia o grau de dependência.

Surge cada vez mais a necessidade de promover a estes utentes a sua funcionalidade, prevenindo, reduzindo ou readaptando às incapacidades, desenvolvendo ações mais próximas das pessoas em situação de dependência, incluindo também a qualificação dos cuidadores formais e informais. Pretende-se contribuir então para uma maior autonomia, reabilitação e qualidade de vida, e por outro lado a consolidação de uma sociedade mais justa e solidária.

DOENTES COM AVC

As doenças relacionadas com o aparelho circulatório constituem atualmente a primeira das causas de morte em Portugal (38%), sendo as doenças cérebro vasculares (17,8%) as mais frequentes. Por­tugal é, de entre os países da Europa Ocidental, o que apresenta uma taxa de mortali­dade mais elevada devido a AVC.

Estima-se que a sua incidência seja de 1 a 2 por 1.000 habitantes, por ano e que após um AVC, cerca de 70% das pessoas apresente incapacidade, das quais 24% com um nível de incapacidade muito grave. Em Portugal os AVC são a principal causa de incapacidade nas pessoas idosas. Segundo o Ministério de Saúde a prevalência de AVC aumenta com a idade, de 3% aos 65 anos para 30% aos 85 e mais anos.

Estima-se que existam por ano cerca de 555 utentes com AVC, com necessidade de internamento Hospitalar no Concelho de Almada.

Em média, no concelho de Almada, 35% dos utentes de cuidados domiciliários de enfermagem, tem como patologia adjacente o Acidente Vascular Cerebral ou outras patologias vasculares.

Com a reabilitação, a UCC pretende minimizar sequelas resultantes da imobilidade, quer ao nível da mobilidade, do equilíbrio, da coordenação e capacidade funcional, mas também promover o auto cuidado, de acordo com a especificidade de cada doente.

Sempre que se verifica que estes utentes necessitam de maior complexidade de cuidados, estes são encaminhados para as ECCI´s.

Desta forma, a equipa multidisciplinar da UCC desenvolve um conjunto diversificado de atividades, na sua maioria no domicilio do utente.

A equipa de enfermagem de reabilitação funciona em estreita articulação com as USF´s e UCSP´s do ACES Almada e com o Hospital Garcia de Orta.

Esta articulação efectua-se através de referenciação /encaminhamento dos utentes com AVC, de acordo com critérios estabelecidos (utentes com AVC recente e residentes no Concelho de Almada).

Após avaliação por parte da equipa de reabilitação, o utente é incluído ou não no programa de cuidados de reabilitação.

Quanto à articulação com os recursos da comunidade / redes de apoio social (ex: Hospitais; Juntas de freguesia; Câmara, IPSS, RNCCI; entre outros) esta é realizada através do envolvimento de todos os recursos necessários, para a melhor articulação/resolução das situações identificadas.

O horário de funcionamento da reabilitação está integrado no horário de funcionamento da UCC.

OBJECTIVOS

  • Acompanhamento multidisciplinar de doentes com AVC recente, com necessidade de reabilitação após alta hospitalar, residentes no concelho de Almada;
  • Realizar a primeira visita a utentes com AVC até 24 horas após referenciação;
  • Efetuar visita domiciliária multidisciplinar aos utentes abrangidos;
  • Proceder de acordo com a família, às alterações necessárias no domicílio e meio envolvente, de modo a facilitar as atividades da vida diária e a integração do doente na dinâmica familiar e comunitária;
  • Promover a melhoria do grau de dependência;
  • Prevenção de Úlceras de Pressão aos utentes abrangidos, utilizando como instrumento de trabalho a Escala de Braden.

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